Dürer


Albrecht Dürer
Alemão(1471-1528)



Considerado o maior artista alemão da Renascença - Albrecht Dürer, utilizou-se de vários meios de expressão, ficando conhecido pelas delicadas aquarelas da vida animal e vegetal, mas não somente por esses trabalhos; suas xilogravuras expressam dramaticidade e as elaboradas gravuras em metal religiosos, as quais ainda em vida lhe deram fama internacional. Misturando em sua arte tradições nórdicas e meridionais, sua arte é profundamente influenciada pela pintura veneziana. Homem independente, orgulhoso de sua aparência física e de seu talento, Albrecht Dürer era um homem de rara inteligência e cultura, mantinha um relacionamento com humanistas e eruditos. Sua obra toma-se num aspecto de manifesto de propaganda e traduz plenamente o seu engajamento. Dando visível intenção nas quatro figuras gigantes, que preenchem todo o espaço dos painéis e exprimem de maneira dramática sua religiosidade. “Só uma mente árida não possui autoconfiança para encontrar o caminho de algo que está além, arrastando-se por alguma trilha gasta, contente de imitar os outros e sem a iniciativa de pensar em si mesma”. São suas essas palavras, e com um espírito indagador e insaciável curiosidade sua obra é a melhor expressão dessa curiosidade e desse espírito indagador que o impulsionam. Espírito incansável que o levou a posição de primeiro mestre da Renascença alemã. Da oficina paterna em Nuremberg, impregnada de tradição medieval, para conquistar esta posição privilegiada de mestre dos mestres. Somente Rembrandt (1606-1669) teria se igualado a sua maestria como gravador.
A técnica da xilogravura já era popular na Alemanha, mas sendo utilizada por Albrecht Dürer atingiu uma nova dimensão expressiva. Utilizava-se de uma chapa fina de madeira para traçar seus desenhos depois entalhada por artesãos; as partes salientes recebiam uma aplicação de tinta e, a seguir eram impressas em papel. Albrecht Dürer fez uso nesses impressos das técnicas italianas de desenhos de figuras, sobretudo das linhas curtas e “modeladoras” que lhe conferiam volume – de tal forma que seus anjos, demônios e homens possuem uma força tridimensional, até então desconhecida na xilogravura.
Tinha verdadeira fascinação pelo mundo natural, assim como Da Vinci que era seu contemporâneo e tinha verdadeira obsessão por determinados temas; Dürer desenhava e pintava indistintamente tudo que via. Acreditava que “a autêntica arte está contida na natureza e aquele que consegue aprendê-la a alcança”. Ainda em vida, isso lhe valeu reconhecimento e louvores sem precedentes, alimentando seu espírito de auto-avaliação indomitamente orgulhosa, a ponto de fazê-lo escrever: “Deus frequentemente dá a capacidade de aprender e a perspicácia para realizar algo de bom para o homem ao qual não se encontram semelhantes em seu próprio tempo, e ninguém o sucede tão cedo”. Vítima de uma doença contraída nos países baixos, a 6 de Abril de 1528 morre em Nuremberg, não deixando alunos, mas sim a herança de sua obra que ajudou a florescer a arte alemã. Primeiramente no Renascimento, depois no Romantismo. Considerando-se os artistas de sua época, foi sem dúvida o mais universal, aquele que abriu um maior número de perspectivas, com talento e com uma crença inabalável no esforço dos homens.
“A autêntica arte está contida na natureza e aquele que consegue aprendê-la a alcança”.


Fonte: Wikipédia